A mesa de abertura deu início à programação, mediante a uma faixa com o dizer “A Juventude quer paz, educação e emprego”. Participaram líderes do movimento estudantil, o reitor do Instituto Federal Fluminense (IFF) Luiz Augusto Caldas, a vereadora Odisséia, além do diretor da ONG Orquestrando a Vida Jony William Villela, que levantaram reivindicações como transporte público, passe livre dos estudantes, área de lazer e cultura principalmente a melhoria em escolas públicas para a inserção do jovem no mercado de trabalho.
Após o debate foram realizadas diversas atividades culturais e esportivas, entre elas roda de capoeira, samba de raiz e o futebol entre os grêmios das escolas que trouxe bastante interatividade entre os jovens.
Segundo o presidente da FEC, Maycon Maciel, estudante do C.E. Desembargador Álvaro Ferreira Pinto, o objetivo do evento foi fazer um dia voltado para a juventude com atividades culturais, esportivas e debate sobre políticas públicas. Na pauta estão temas relativos ao passe-livre, a meia-entrada e o primeiro emprego — Vamos lançar uma campanha chamada Todos pela Educação e pretendermos visitar todas as escolas pra conscientizar a todos da importância de investir em educação. Nossa reivindicação é mais qualidade de ensino, mais escolas e respeito ao passe-livre. Defendemos que 10% dos recursos do PIB sejam destinados a educação —, disse Maycon.
O ex presidente da FEC Maycon Prado também deu seu depoimento e segundo ele , o 1º Domingo da Juventude levou a aprovação do projeto “Primeiro Emprego”, sancionado em 2010 pela Prefeita Rosinha Garotinho. Porém o mesmo êxito não aconteceu no 2º Domingo, com o projeto “Passe-livre dos Estudantes”.
“Este evento além de ser um centro de referência de lazer para estes jovens, vem apresentar algumas questões que eles precisam tomar conhecimento e se posicionarem diante deles. Por isso, realizamos caravanas dentro das escolas e trabalhamos nas formações dos grêmios, que devem passar por eleição anualmente. O Porto do Açu já é uma realidade em nossa região e a mão de obra qualificada está vindo de fora. Não podemos deixar isso acontecer. Acreditamos que o desenvolvimento de Campos começa na educação, que por sinal está crítica. “Queremos aproximar cada vez mais a FEC dos estudantes, que devem ser respeitados e não vistos como problema”, disse o ex- presidente.
A aluna da escola João Barcelos Martins, Morgana Areas Moço, de 16 anos, diretora de comunicação da FEC falou da importância da conscientização do jovem.
“Faço parte do grêmio de minha escola e venho acompanhando o trabalho da FEC. Mobilizamos os jovens a participarem deste evento para discutirmos os anseios vividos diante da realidade política atual. Se olharmos para a história, podemos ver que jovens conseguiram derrubar uma ditadura, hoje isso também é possível, se não formos passivos. Nós somos o futuro do país”, ressaltou a estudante.
A Federação dos Estudantes de Campos (FEC) é a entidade estudantil em atividade mais antiga do Brasil. Fundada em 8 de julho de 1933, a FEC nasceu para representar os estudantes da cidade de Campos dos Goytacazes/RJ. "A FEC somos nós, nossa força e nossa voz".