terça-feira, 29 de setembro de 2009
Os sonhos não envelhecem!
Vídeo exibido no Congresso da Federação dos Estudantes de Campos (FEC), realizado no Centro de Convenções da UENF em 25/08/2009.
Um pouco de história
Federação dos Estudantes de Campos, a fênix dos estudantes secundaristas
A primeira entidade representativa dos estudantes secundaristas (e universitários apenas na década de 30) de Campos foi fundada em 19 de abril de 1903, por jovens liceístas, e possuía o mesmo nome, Federação dos Estudantes de Campos, porém essa primeira FEC sobreviveu por pouco tempo.
Anos depois os estudantes de Campos encontraram terreno fértil para plantar suas idéias, e em 8 de julho de 1933 era fundada ou refundada, por um grupo de estudantes, sendo seu primeiro presidente o jovem José Carlos Tinoco. A Federação dos Estudantes de Campos, que perduraria realizando brilhante trabalho com várias gerações de estudantes campistas, atuando como escola de lideranças.
Em 1940, a FEC começou a expedir carteiras estudantis que davam direito à meia entrada nos cinemas; em 1945 foi realizado o 1º Congresso dos Estudantes de Campos, realizado na sede da Associação de Imprensa Campista; à partir de 1946, a FEC adotou as eleições diretas para escolha de seus dirigentes, possuía partidos estudantis e os comícios eram realizados nas escolas e o pleito eram muito disputado.
estudante Nadin Chicri Kezen que foi eleito.
O símbolo da Federação que perdura em uso – a tocha vermelha ladeada de estrelas azuis com fundo amarelo – foi idealizado pelo artista plástico Chico Arueira, que era tio da ativista política Nina Arueira; e significava segundo o filho do artista plástico, o ex-presidente da FEC, Elmo Guedes Arueira, hoje juiz aposentado, “a tocha afastaria a ignorância, e as estrelas iluminariam a mente dos estudantes e lhes dariam a esperança em dias melhores.”
Herança desse áureo período de efervescência estudantil e da formação de grandes nomes, da política, das artes, e das letras, é a magnífica mesa doada pela usineira Finazinha de Queiroz, que na década de 50 era a madrinha do estudante campista, patrocinando a entidade. A mesa doada por Finazinha, hoje se encontra em poder da OAB Campos, fruto de um arranjo do ex-diretor e Juiz do trabalho aposentado, que tomou um susto um dia quando encontrou a mesa no depositário judicial da cidade de Campos e se encarregou de levá-la para a OAB, afim de que ao menos esta “lembrança da FEC” não se perdesse.
Esbarrando na ditadura, que cassava e censurava todas as manifestações populares, Campos novamente ficou sem representatividade estudantil secundarista e somente 27 anos depois, em 1993 é que os estudantes campistas, auxiliados pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), refundaram a FEC.
Nos últimos 4 anos a FEC foi manchete dos jornais onde diretores estiveram envolvidos nos “escândalos das carteirinhas”, onde estudantes foram lesados ao pagarem pelas carteiras estudantis sem nunca receberem as mesmas. Os antigos diretores esqueceram de estudar o estatuto da FEC que considera como infração grave a prática de atos que ridicularizem a entidade, seus símbolos ou diretores...
Agora, estudantes novamente lutam para virar essa triste página da história e resgatar a entidade das cinzas, para reconstruir um movimento estudantil efetivamente capaz de lutar pelos direitos e causas dos estudantes e cobrar políticas públicas de juventude independente de coloração partidária. Todo o apoio aos jovens estudantes que sonham em reconstruir a entidade e contribuir para a construção de uma cidade melhor para os estudantes secundaristas de Campos dos Goytacazes.
A força da rapaziada
A força da rapaziada
Os grêmios estudantis de Campos estão em grande atividade. O motivo para todo um conjunto de articulações e caça a votos é o futuro da tradicional Federação dos Estudantes de Campos (FEC). Esta semana, uma das correntes que se candidata a comandar a entidade fez um encontro no IFF (ex-Cefet). Segundo informação de uma fonte, 12 grêmios participaram. Entre eles o de escolas com grande número de alunos, como Félix Miranda e Isepam.
Infelizmente não pude ir aos detalhes sobre o assunto nos jornais. Apenas o jornal O Diário compareceu. O assunto merecia atenção melhor da mídia local. Faço referência neste caso aos jornais. As televisões, em geral, só cobrem campanhas políticas e só mostram algo dos setores políticos quando o assunto resvala para o lado da polêmica – ou como tem sido frequente, polícia.
É uma pena. O grosso da população ainda se informa e forma opinião pela tevê e pelo rádio. Esse último vai do circo ao toma-lá, dá-cá mais descarado. Além do mais é repositório de toda sorte de programas de políticos e religiosos – vários deles de péssimo gosto. Mas o assunto deste texto é a rapaziada. Acho que os jornais, que têm editoria de política, deviam acompanhar melhor, porque o movimento estudantil é atividade política.
Não é demais lembrar o uso que os governos Arnaldo Vianna e Alexandre Mocaiber fizeram da FEC. Com uma diretoria equivocada, a entidade foi usada para defender essas administrações – a última alcunhada de desgoverno Mocaiber. Lógico que há interesses partidários e outros no movimento estudantil. E é bom que seja assim. Se tem alguém que pode mudar alguma coisa é o jovem.
Do tal encontro participaram quadros políticos como Paulo Albernaz, Mário Lopes e Papinha. Um foi governo, o outro, e é o terceiro, é um jovem vereador. Não vou gastar minhas poucas linhas cedidas pelo Monitor para falar da importância histórica da FEC. Isso é fácil de saber. Quero apenas deixar para reflexão o seguinte: vivemos na era do cinismo, da solidão coletiva, do FDS – leiam dane-se porque não posso escrever aqui na íntegra.
E quem sacudiu o Centro de Campos recentemente, numa manifestação contra a violência que tira a vida de jovens? Os grêmios articulados, os diretórios acadêmicos, os estudantes. Eles são talvez a única alternativa de contraposição à indiferença, uso criminoso das instituições políticas e da esperança popular. (Mais no meu blog:www.fotoatenta.blogspot.com)
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Estudante não tem medo da rua
Estudante não tem grana. Isso é fato e todo mundo sabe, por isso mesmo a FEC e o grêmio do ISEPAM estão indo às ruas pra fazer “pedágios” arrecadando dinheiro pras nossas atividades.
Ao contrário dos antigos gestores da entidade, que se venderam aos mandatários do poder público, a gestão de reconstrução da FEC não quer propina e busca financiar as próximas atividades na luta, mesmo que pra isso tenhamos de pedir dinheiro na rua.
No primeiro pedágio realizado ontem na 28 de março, vários estudantes do ISEPAM, IFF, Silvio Bastos Tavares e outras escolas pintaram os rostos e foram pro sinal em frente ao ISEPAM. “É muito animador ver os motoristas acreditando nessa reestruturação da FEC e colaborando pra isso.” – disse Maycon Prado, presidente da FEC.
Os “pedágios” serão realizados em vários pontos da cidade e dinheiro arrecadado será usado para alugar uma sede para a FEC e financiar as atividades dos grêmios estudantis, além de colaborar na montagem de grêmios em escolas onde os estudantes ainda não se organizaram.